DIU hormonal: respondemos as 10 maiores dúvidas das pacientes!

DIU hormonal: respondemos as 10 maiores dúvidas das pacientes

O DIU hormonal, que na verdade chama-se SIU (Sistema intrauterino), tem sido escolhido por muitas mulheres que querem evitar gravidez por ser considerado um método contraceptivo simples, mas, ao mesmo tempo, seguro e eficaz. Fácil de ser colocado, ele evita a gravidez e pode ajudar também a regular e amenizar sintomas de endometriose e Síndrome do Ovário Policístico (SOP). No Brasil, as mulheres podem escolher entre dois modelos, Mirena e Kyleena, que têm funcionamento bastante parecido, com liberação de pequenas doses de progestina. Neste artigo, o Dr. Rodrigo Ferrarese responde às principais dúvidas das pacientes sobre o DIU hormonal.

1 – Como funciona o DIU hormonal?

O Dispositivo Intrauterino, mais conhecido como DIU, é um método de controle de natalidade considerado seguro e eficaz. São vários os tipos de DIU disponíveis: de cobre, cobre com prata ou hormonal, cada um com suas vantagens e desvantagens. O DIU hormonal – que na verdade é chamado SIU, de Sistema Intrauterino e não Dispositivo Intrauterino, é composto por um pequeno pedaço de plástico flexível em forma de T com um fio, que é colocado dentro do útero e libera pequenas doses de progestina ao longo dos anos. 

A progestina é uma forma sintética do hormônio progesterona, que o corpo produz naturalmente. Além de ajudar a prevenir a gravidez, a liberação do hormônio também serve para regular menstruações muito intensas e dolorosas.  

São duas as maneiras que o DIU hormonal evita que os espermatozóides alcancem os óvulos, impedindo assim a gravidez:

  1. A liberação do hormônio torna o muco do colo do útero mais espesso, o que bloqueia o esperma e impede que ele alcance o óvulo.
  2. O dispositivo impede a ovulação, ou seja, que os óvulos saiam dos ovários. Sem óvulos para o espermatozóide fertilizar, não há gravidez.

Uma das vantagens dos DIUs é que eles duram anos, mas não são permanentes. Se você decidir que quer engravidar, ou quiser optar por outro método, seu ginecologista pode retirá-lo. Depois de remover o DIU, a sua fertilidade volta a ser como antes da colocação.

2 – Quais são os tipos de DIUs hormonais?

Existem duas marcas de DIUs hormonais disponíveis no Brasil: Mirena e Kyleena. Ambos os modelos funcionam da mesma forma e têm o mesmo tipo de hormônio, mas diferem no período de tempo em que seguem ativos. O DIU Mirena funciona por até 7 anos, enquanto o da Kyleena dura até 5 anos. É possível retirar o dispositivo antes desse prazo ou, se ele for expirar, substituí-lo. 

3 – Quais são os principais benefícios de um DIU hormonal?

O DIU hormonal é considerado conveniente por não exigir mais cuidados após a colocação. Uma vez que o DIU está no lugar, não é necessário pensar em controle de natalidade por vários anos. O método é tido como um dos mais eficazes, com índices de mais de 99% na prevenção da gravidez. Outra vantagem é que eles não são permanentes. Se decidir engravidar ou trocar de método contraceptivo, basta remover o DIU.

Além disso, por ajudar a regular ciclos hormonais, os DIUs hormonais podem contribuir também com problemas menstruais. O dispositivo pode reduzir cólicas e tornar a menstruação muito mais leve. Algumas mulheres até mesmo param de menstruar após a colocação. O dispositivo também pode contribuir com o tratamento dos sintomas de endometriose e de Síndrome do Ovário Policístico (SOP).

4 – Quais são as desvantagens de um DIU hormonal?

Algumas pessoas têm efeitos colaterais como pequenos escapes de menstruação, períodos irregulares ou cólicas após a colocação. Além disso, podem ter acne, dor de cabeça e aumento da sensibilidade nas mamas. Os sintomas geralmente desaparecem depois de três a seis meses, após o corpo se acostumar. 

Outro ponto a ser considerado é que, apesar de o DIU ser uma das formas mais eficazes e convenientes de prevenção da gravidez, ele não protege contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Portanto, mesmo com o dispositivo, é importante usar preservativos durante relações sexuais para reduzir as chances de contrair ou espalhar ISTs.

5 – Dói para colocar um DIU?

O procedimento pode provocar certo desconforto, mas o incômodo costuma ser mínimo. Para colocar o DIU, o ginecologista usa um espéculo, instrumento que serve para afastar as paredes da vagina, e, em seguida, um dispositivo de inserção especial. O procedimento leva menos de cinco minutos e acontece no próprio consultório.

Para algumas mulheres, a colocação pode provocar cólica ou dor intensa, mas normalmente o efeito dura apenas um minuto ou dois. Há médicos que recomendam analgésicos antes para ajudar a prevenir o incômodo e há a opção de injetar um medicamento anestésico local ao redor do colo do útero para tornar a colocação mais confortável.

O DIU hormonal pode ser colocado em qualquer ponto do seu ciclo menstrual, inclusive após o parto.

6 – O DIU pode se perder dentro de mim?

Sim, mas as chances são mínimas. Quando o DIU é colocado, há uma chance em mil de ele perfurar o revestimento e acabar parcial ou totalmente fora da cavidade uterina. O risco aumenta no caso de mulheres que estejam amamentando, portanto, é importante, antes do procedimento, informar se esse for o caso.  

Uma perfuração pode ser percebida devido à dor, mas também pode passar despercebida. Se o fio não puder ser sentido ou visto durante um exame e um ultrassom não mostrar o DIU no útero, é necessária uma radiografia do abdômen para localizá-lo.  

Se o DIU for colocado corretamente, ele não tem como se mover para fora por conta própria, mas é possível que seja empurrado e expelido pelo útero, acabando dentro do colo do útero ou mesmo fora do corpo. Expulsões são mais comuns no primeiro ano e acontecem com 4% ou menos das mulheres. E, vale dizer, a incidência de expulsão quando colocado no pós-parto imediato pode chegar a 20%.

Caso aconteça, você pode ou não ter nenhum sintoma, ou ter cólicas anormais, sangramento ou dor durante o sexo, ou ainda notar uma mudança perceptível no comprimento do fio do DIU.

7 – Quais hormônios estão no DIU hormonal?

O DIU hormonal tem como princípio a liberação de progestina, uma versão sintética da progesterona, hormônio que o corpo produz naturalmente. É a regulação da presença desse hormônio que ajuda na prevenção da gravidez e a equilibrar ciclos menstruais dolorosos e intensos. 

Os dois modelos disponíveis no Brasil, Mirena e Kyleena, liberam progestina, diferindo apenas na quantidade liberada. Isso afeta apenas quanto tempo os dispositivos continuam ativos antes de precisarem serem substituídos, não alterando a eficácia – que é considerada de mais de 99% na prevenção da gravidez. 

8 – Quanto tempo depois de colocar o DIU posso fazer sexo?

É possível fazer sexo logo após a colocação, mas, dependendo do modelo escolhido, talvez seja necessário adotar um método alternativo complementar até que o DIU hormonal comece a funcionar na prevenção da gravidez. 

O DIU da marca Mirena começa a funcionar assim que é colocado, enquanto o da Kyleena previne a gravidez imediatamente apenas SE for colocado durante os primeiros sete dias da menstruação. Se for instalado em qualquer outro momento do ciclo, a proteção começa somente após sete dias. Assim, com o DIU Kyleena pode ser necessário o uso de preservativos ou outro tipo de controle de natalidade por alguns dias mesmo após a colocação.

9 – O DIU deixará minha menstruação muito irregular ou aumentará o fluxo?

Alterações de sangramento são comuns com qualquer tipo de DIU. No caso do DIU hormonal, sangramentos leves e escapes irregulares são mais comuns nos primeiros meses de uso. 

O DIU hormonal de dose mais alta tende a reduzir os sangramentos e quanto maior o tempo de uso, menor o fluxo.  A menstruação pode até mesmo parar completamente, retornando ao normal assim que o DIU é removido. Um estudo descobriu que metade das pessoas que usam o DIU hormonal de dose mais alta não têm sangramentos após um ano. 

10 – Posso colocar o DIU se nunca estive grávida?

Sim. Os DIUs podem ser usados com segurança por pessoas que nunca estiveram grávidas. Inclusive, é uma opção recomendada para o controle de natalidade para pessoas que nunca deram à luz, incluindo adolescentes.

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