Seja por vergonha ou por acharem “normal”, muitas pacientes evitam falar sobre a flacidez vaginal. No entanto, trata-se de uma tema que afeta diretamente a saúde íntima e o bem-estar geral das mulheres.
Caracterizada pela perda de tônus e elasticidade da musculatura vaginal, essa condição pode ocorrer devido a fatores como envelhecimento, partos vaginais e alterações hormonais. Mas, apesar de ser natural em alguns casos, a flacidez vaginal pode impactar a vida sexual, causar desconforto e afetar a autoestima. Por isso, é importantíssimo entender as causas, os sintomas e as opções de tratamento, podendo assim lidar com o problema de forma eficaz.
O que é flacidez vaginal?
A flacidez vaginal refere-se à perda de firmeza e elasticidade da parede vaginal, causada pelo enfraquecimento dos músculos e tecidos de suporte da região íntima. Assim, esses músculos incluem o músculo pubococcígeo, que faz parte do assoalho pélvico, e outros músculos adjacentes, como o ilioococcígeo e o puborretal. Esses componentes formam o chamado complexo do assoalho pélvico, responsável por sustentar os órgãos pélvicos (como útero, bexiga e reto) e contribuir para o tônus da parede vaginal.
Quando esses músculos perdem força, seja devido a fatores como envelhecimento, partos vaginais ou alterações hormonais, a região vaginal pode apresentar flacidez. Ainda, essa condição pode variar de leve a grave, dependendo dos fatores envolvidos e das características individuais de cada mulher.
Quais são as causas da flacidez vaginal?
A flacidez vaginal pode ser causada por uma combinação de fatores, entre eles:
- Envelhecimento: com o passar dos anos, é comum que os tecidos percam elasticidade devido à redução de colágeno e elastina.
- Partos vaginais: o esforço físico durante o parto pode enfraquecer os músculos da região vaginal.
- Alterações hormonais: a queda nos níveis de estrogênio durante o climatério e a menopausa pode contribuir para a perda de tônus muscular.
- Fatores genéticos: algumas mulheres podem ter uma predisposição genética para a flacidez dos tecidos.
- Estilo de vida: sedentarismo, tabagismo e obesidade podem afetar a saúde dos músculos e tecidos vaginais.
Quais são os sintomas?
Os sintomas de flacidez vaginal podem variar de pessoa para pessoa. No entanto, podemos listar entre os mais comuns:
- Sensação de frouxidão na região íntima.
- Redução do prazer sexual devido à diminuição do atrito durante a relação.
- Dificuldade em reter absorventes internos.
- Sensação de peso ou pressão na região pélvica.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da flacidez vaginal é realizado por um ginecologista, que avalia o histórico médico, faz um exame clínico e, se necessário, solicita exames complementares para identificar o grau da condição.
Entre os exames solicitados estão a ultrassonografia transvaginal, para avaliar a estrutura dos tecidos internos, e a ressonância magnética, em casos mais complexos, para uma análise detalhada do assoalho pélvico e dos órgãos da região. Além disso, testes específicos, como a avaliação da força muscular do assoalho pélvico (utilizando dispositivos como perineômetros), podem ser realizados para medir o tônus muscular e orientar o tratamento adequado.
Quais são os tratamentos disponíveis?
Existem diversas opções de tratamento para a flacidez vaginal, desde soluções menos invasivas até procedimentos cirúrgicos. Assim, algumas alternativas incluem:
Exercícios de Kegel
Esses exercícios visam fortalecer a musculatura do assoalho pélvico, aumentando o tônus muscular e a sustentação da região vaginal. Você pode realizar os exercícios em casa e sem equipamentos. No entanto, exigem regularidade para resultados eficazes.
Terapias a laser ou radiofrequência
Esses tratamentos utilizam energia térmica para estimular a produção de colágeno nos tecidos vaginais. Dessa forma, o aumento do colágeno promove maior firmeza e elasticidade, melhorando a estrutura e a função da parede vaginal. Ainda, vale dizer que o laser vaginal é um procedimento minimamente invasivos e geralmente não requer tempo de recuperação.
Hidratação vaginal
Cremes ou geis hidratantes, geralmente à base de ácido hialurônico, ajudam a melhorar a saúde do tecido vaginal, reduzindo a secura e promovendo maior elasticidade. Assim, são tratamentos indicados para casos leves de flacidez ou como complemento a outras terapias.
Cirurgia de rejuvenescimento vaginal
Para casos mais graves, a cirurgia consiste na reconstrução da musculatura e dos tecidos vaginais. Consequentemente, este procedimento pode incluir a remoção de excesso de tecido ou a reparação do assoalho pélvico, proporcionando resultados significativos na melhora da firmeza e funcionalidade.
Fisioterapia pélvica
Sob orientação de uma fisioterapeuta especializada, essa terapia inclui exercícios específicos, biofeedback e técnicas de reeducação muscular para fortalecer e tonificar a região pélvica, aliviando sintomas associados à flacidez vaginal.
Quando procurar um especialista?
Se você está enfrentando sintomas de flacidez vaginal que impactam sua qualidade de vida ou vida sexual, é importante consultar um ginecologista. Isso porque o médico pode indicar o melhor tratamento para o seu caso, ajudando a restaurar o conforto e a confiança.
Saiba que a flacidez vaginal é uma condição comum e tratável! Assim, buscando informação e apoio ginecológico, você pode retomar a qualidade de vida e o bem-estar íntimo.
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