HPV e o câncer do colo do útero: o que você precisa saber

HPV e o câncer do colo do útero: o que você precisa saber

Existe uma relação direta entre o HPV e o câncer do colo do útero, doença que gera cerca de 600 mil novos casos em mulheres em todo o mundo, segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), baseada em dados de 2020. 

Isso porque, embora muitos fatores possam contribuir para o desenvolvimento do câncer cervical, um dos fatores de risco mais cruciais é o papilomavírus humano (HPV).

Neste artigo, falaremos sobre a ligação entre o HPV e o câncer do colo do útero, fornecendo informações para que você compreenda os riscos e também os métodos de detecção precoce, podendo assim se prevenir.

E, caso fique alguma dúvida ou tenha questões sobre o assunto, deixe nos comentários ou agende uma consulta =)

O que é o HPV

O HPV, ou vírus do papiloma humano (em inglês, Human Papillomavirus), é um grupo de vírus que infecta a pele e as membranas mucosas dos seres humanos. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, que são classificados em “baixo risco” e “alto risco” com base em seu potencial de causar doenças.

  • HPV de baixo risco: Esses tipos de HPV geralmente causam verrugas genitais (condilomas) e verrugas comuns na pele e nas mãos. Eles não estão associados ao câncer.
  • HPV de alto risco: Esses tipos de HPV têm um maior potencial oncogênico, o que significa que podem levar ao desenvolvimento de cânceres. O HPV de alto risco está relacionado a vários tipos de câncer, incluindo o câncer de colo do útero, vulva, vagina, ânus, pênis, boca e garganta.

É importante destacar que trata-se de uma infecção muito comum em todo o mundo. A maioria das pessoas infectadas com HPV não apresenta sintomas e elimina o vírus naturalmente em um período de meses a anos. No entanto, em alguns casos, a infecção por HPV persiste e pode levar ao desenvolvimento de condições pré-cancerígenas ou cancerígenas.

Qual a relação entre o HPV e o câncer do colo do útero?

O HPV está diretamente relacionado ao câncer do colo do útero pois, dentro dos mais de 150 tipos diferentes de HPV, alguns têm maior potencial oncogênico, ou seja, maior probabilidade de causar câncer. Os tipos de HPV mais associados ao câncer cervical são conhecidos como HPV de alto risco.

Embora a infecção pelo HPV não resulte diretamente em câncer cervical, pode levar ao desenvolvimento de lesões pré-cancerosas no colo do útero, conhecidas como displasia cervical. Com o tempo, se essas lesões não forem detectadas e tratadas, podem evoluir para um câncer cervical invasivo. Assim, a relação entre o HPV e o câncer do colo do útero funciona assim:

  1. Infecção por HPV: A maioria das infecções por HPV é transitória e o sistema imunológico do corpo geralmente elimina o vírus em poucos anos. No entanto, em alguns casos, a infecção por HPV persiste e pode causar alterações nas células do colo do útero.
  1. Lesões precursoras: A infecção persistente por HPV de alto risco pode levar à formação de lesões pré-cancerígenas no colo do útero, conhecidas como neoplasia intraepitelial cervical (NIC). Essas lesões pré-cancerígenas podem progredir para câncer cervical se não forem tratadas.
  1. Desenvolvimento de câncer cervical: O câncer cervical se desenvolve a partir das células do colo do útero que sofreram mutações devido à infecção persistente por HPV. Essas mutações podem fazer com que as células se tornem cancerosas e se multipliquem de forma descontrolada.

Como saber se você tem HPV ou câncer do colo do útero?

O rastreio regular da região do colo do útero é crucial para a detecção e tratamento precoces. Entre as principais formas de diagnóstico, temos:

Papanicolau

Usamos o exame de Papanicolau, também conhecido como “preventivo”, para detectar células cervicais anormais. Você pode fazê-lo anualmente ou a cada três anos (caso os dois últimos exames, feitos em um intervalo de um ano, tenham apresentado resultados normais). Trata-se de um exame importantíssimo, pois ele é capaz de identificar alterações pré-cancerosas, permitindo assim uma intervenção imediata e precoce.

Teste de HPV

O teste de HPV pode ser feito junto com o Papanicolau ou como um teste independente. Ajuda a identificar a presença de cepas de HPV de alto risco nas células cervicais, fornecendo informações valiosas para os profissionais de saúde.

Estadiamento do câncer cervical

O estadiamento é um método para identificar a localização do câncer e o estágio em que ele está. Assim, ele é feito a partir dos dados do exame físico e dos exames complementares pertinentes ao caso, como ressonância magnética, tomografia computadorizada e biópsias. Ou seja, o estadiamento é crucial para o planejamento do tratamento.

Como prevenir o HPV e o câncer do colo do útero?

A prevenção do câncer cervical começa com a vacinação contra o HPV, além de relações sexuais protegidas. No entanto, sobre este último ponto, é importante ressaltar que o HPV é uma das ISTs mais comuns. Tanto que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% da população global sexualmente ativa teve ou terá HPV em algum momento de sua vida. Assim, a principal e mais importante forma de prevenção é de fato a vacina.

Vacinação contra HPV

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente a vacina HPV quadrivalente para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Ela trabalha na prevenção de lesões genitais pré-cancerosas de colo de útero e contra as verrugas genitais em mulheres e homens e é altamente eficaz.

Relações sexuais seguras

Praticar sexo seguro, incluindo o uso de preservativo, pode reduzir o risco de transmissão do HPV. Contudo, uma vez que o vírus pode infectar áreas não cobertas por preservativos, é essencial combinar práticas sexuais seguras com a vacinação.

Tenha isso em mente ao pensar no HPV e câncer do colo do útero

Sim, o HPV e o câncer do colo do útero estão intimamente ligados. No entanto, você pode reduzir significamente o risco de desenvolver esta doença com prevenção, vacinação e rastreio adequados. Para isso, é essencial priorizar sua saúde, mantendo-se informada e falando sobre esta questão com o seu ginecologista. Além disso, fazer o Papanicolau com a frequência recomendada por seu médico também é fundamental para uma detecção e intervenção precoces. 

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