Cuidados com a pílula do dia seguinte

Pílula do dia seguinte: 9 dúvidas mais comuns

A pílula do dia seguinte é um tipo de controle de natalidade de emergência – por isso mesmo é chamada de contracepção de emergência. Assim, é indicada como método de prevenção de uma possível gravidez em mulheres que tiveram relações sexuais desprotegidas ou cujo método anticoncepcional falhou.

Portanto, é um apoio e não um método primário de controle de natalidade.

É importante ressaltar também que a pílula do dia seguinte não interrompe uma gravidez em que o óvulo já foi fecundado. Ou seja, ela age principalmente atrasando ou impedindo a ovulação.

Neste artigo, reunimos 9 dúvidas comuns sobre o tema, que os ginecologistas da UnihClinic mais recebem no consultório. Mas, caso ainda tenha questões, deixe nos comentários ou agende uma consulta =)

1 – Como funciona a pílula do dia seguinte?

A contracepção de emergência funciona impedindo temporariamente o ovário de liberar um óvulo até que qualquer esperma que possa estar presente em seu corpo morra – o que leva cerca de cinco dias. É mais ou menos como apertar o freio na ovulação. Por isso, você tem que tomar a pílula do dia seguinte antes de começar a ovular, caso contrário ela não vai funcionar.

Além de inibir a ovulação quando tomada na primeira fase do ciclo, a pílula do dia seguinte também espessa o muco cervical, dificultando a entrada dos espermatozoides e tornando mais lento o movimento das tubas uterinas. Isso também dificulta o encontro do óvulo com o espermatozoide.

2 – Por quanto tempo devo tomar a pílula do dia seguinte?

O prazo médio para uso do método contraceptivo de emergência é de 72 horas, mas o ideal é tomar a pílula o quanto antes, logo após a relação sexual desprotegida. Isso porque depois de 24 horas, a eficácia da medicação cai para 88% e esse número só diminui com o passar do tempo.

3 – Quantas vezes posso tomar a pílula do dia seguinte?

Tomar a pílula do dia seguinte várias vezes não altera sua eficácia e não causa efeitos colaterais a longo prazo. No entanto, transformá-la em seu método regular de controle de natalidade não é uma boa ideia porque:

  • A pílula do dia seguinte não previne a gravidez com a mesma eficácia que outros tipos de controle de natalidade, como DIU, implante, pílula, injeção ou preservativos.
  • Tomar a pílula do dia seguinte repetidas vezes é mais caro e menos conveniente do que usar um método regular de controle de natalidade.
  • Os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte – como sangramento entre uma menstruação e outra, atrasos na menstruação, cólicas e náuseas –, embora temporários, certamente são bastante inconvenientes.
  • A pílula do dia seguinte pode tornar seus períodos irregulares, dificultando um acompanhamento – o que pode atrapalhar, inclusive, na identificação de problemas de saúde.

4 – Qual a melhor, a de 1 ou 2 comprimidos?

Do ponto de vista da eficácia não existe uma diferença entre o medicamento com 1 comprimido ou com 2. No entanto, costumamos indicar a de apenas uma dose simplesmente para evitar que a mulher se esqueça de ingerir o segundo comprimido.

5 – O que pode acontecer depois de tomar a pílula do dia seguinte?

A contracepção de emergência é uma opção para prevenir a gravidez após sexo desprotegido, mas não é tão eficaz quanto outros métodos de contracepção e não é recomendada para uso rotineiro. Além disso, a pílula do dia seguinte pode falhar mesmo com seu uso correto e não oferece proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Ainda, ela não deve ser tomada por quem tem alergia a qualquer componente de sua fórmula, ou está tomando certos medicamentos que podem diminuir a eficácia da pílula do dia seguinte (e então é imprescindível validar antes com o seu ginecologista).

Além disso, se você está acima do peso ou com quadro de obesidade, pode ser que a pílula do dia seguinte não tenha o mesmo efeito que tem em mulheres com peso regular.

Por fim, ela é altamente contraindicada em mulheres que podem já estar grávidas (mesmo que com semanas). Isso porque os efeitos da contracepção de emergência em um bebê em desenvolvimento são desconhecidos. Ainda, ela não é indicada se você estiver amamentando.

Os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte normalmente duram apenas alguns dias e podem incluir:

  • Náusea ou vômito
  • Tontura
  • Fadiga
  • Dor de cabeça
  • Sangramento entre os períodos ou sangramento menstrual mais intenso
  • Dor abdominal ou cólicas

6 – Quando a contracepção de emergência não faz efeito?

A contracepção de emergência não funcionará se você já tiver ovulado – porque ela atua, como explicado acima, atrasando a ovulação – além de espessar o muco cervical e tornar mais lento o movimento das tubas uterinas.

Além disso, alguns antibióticos podem comprometer o efeito da pílula. Por fim, fique de olho nos efeitos colaterais mais graves como vômito e diarreia. Isso porque eles podem diminuir a eficácia de qualquer medicamento se acontecerem nas primeiras 2 horas após a ingestão do comprimido.

7 – A pílula do dia seguinte atrasa a menstruação?

O uso da pílula do dia seguinte pode atrasar a menstruação em até uma semana. No entanto, se você não menstruar dentro de três a quatro semanas após tomar a contracepção de emergência, faça um teste de gravidez.

8 – A pílula do dia seguinte funciona mesmo no período fértil?

As pílulas do dia seguinte previnem a gravidez interrompendo a ovulação (além de espessar o muco cervical e tornar mais lento o movimento das tubas uterinas). Assim, elas não têm efeito durante ou após a ovulação. Ou seja, se você ovulou nas últimas 24 horas, a contracepção de emergência não fará efeito.

9 – Posso tomar a pílula do dia seguinte mesmo usando anticoncepcional?

Caso seja usuária de pílula anticoncepcional e precisar tomar a pílula do dia seguinte, não há problema.

No entanto, a contracepção de emergência contém um hormônio que age impedindo a ovulação e bloqueando a fertilização. Assim, caso tome a pílula do dia seguinte, não é preciso seguir tomando sua pílula anticoncepcional habitual no mês em questão. Como a contracepção de emergência tem doses mais altas de hormônios do que as pílulas anticoncepcionais comuns, quando você as toma simultaneamente, pode sentir mais fortemente alguns efeitos colaterais. Mas, vale ressaltar, é importante conversar com seu ginecologista para receber orientações adequadas para o seu caso.

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