Como funciona a colposcopia

Como funciona o exame de colposcopia?

Se você recebeu do seu ginecologista a indicação para fazer uma colposcopia, é natural que surjam dúvidas ou até um certo receio. Mas, pode ficar tranquila: o exame é rápido, não dói (embora possa, sim, ser um pouco desagradável) e é fundamental para sua saúde íntima.

Neste artigo, vamos explicar de forma simples o que é a colposcopia, quando ela é indicada e como é realizada.

O que é a colposcopia?

A colposcopia é um exame ginecológico que permite visualizar com mais detalhes o colo do útero, a vagina e a vulva, por meio de um aparelho chamado colposcópio — uma espécie de “lupa” com luz, que aumenta em até 40 vezes a imagem dessas estruturas.

O objetivo é investigar possíveis alterações nas células que revestem essas regiões, especialmente após um exame preventivo (Papanicolau) com resultado alterado.

Quando a colposcopia é indicada?

Geralmente, indica-se a colposcopia quando o resultado do Papanicolau mostra alguma alteração, como a presença de células anormais, lesões de HPV ou inflamações persistentes.

Ela também pode ser solicitada nos seguintes casos:

  • Diagnóstico ou suspeita de infecção por HPV
  • Sangramentos incomuns fora da menstruação
  • Avaliação de lesões visíveis na vulva ou na vagina
  • Acompanhamento de pacientes com histórico de alterações cervicais

O exame ajuda a ver essas alterações com mais clareza, evidenciando ainda se é necessária a realização de uma biópsia (retirada de uma pequena amostra de tecido) para análise.

Como a colposcopia é feita?

A colposcopia é um exame simples, rápido e que geralmente dura de 10 a 20 minutos. Ele é realizado tanto no consultório quanto em um laboratório especializado. O passo a passo costuma ser o seguinte:

  • A paciente se deita na maca ginecológica, como em um exame preventivo comum.
  • O médico introduz o espéculo na vagina para visualizar o colo do útero.
  • Em seguida, posiciona o colposcópio próximo à região íntima — sem que o aparelho encoste no corpo.
  • Aplica-se soluções especiais (como ácido acético e iodo) que ajudam a evidenciar possíveis alterações nos tecidos.
  • O médico observa a região cuidadosamente e, se necessário, pode colher uma pequena amostra de tecido para biópsia.

O exame em si é indolor, embora algumas mulheres sintam um leve incômodo pelo uso do espéculo ou pela aplicação dos líquidos.

Depois da colposcopia, é comum apresentar um pouco de desconforto pélvico, cólicas leves ou sensibilidade. Caso tenha sido feita uma biópsia, pode ocorrer também sangramento discreto ou secreção acastanhada nos dias seguintes.

O médico orientará os cuidados pós-exame, que geralmente incluem:

  • evitar relações sexuais
  • não usar absorventes internos
  • não realizar duchas vaginais por alguns dias

Procure atendimento médico se notar sangramento intenso, dor abdominal forte ou febre, pois esses sinais não fazem parte do esperado.

Precisa de preparo antes da colposcopia?

Sim, alguns cuidados ajudam a garantir um exame mais preciso:

  • Evite relações sexuais nas 48 horas anteriores
  • Não use duchas, cremes vaginais ou medicamentos locais nesse período
  • O ideal é não fazer o exame durante a menstruação

Seu médico pode orientar outros cuidados específicos de acordo com o seu caso.

A colposcopia dói?

Essa é uma dúvida comum. A resposta é: não dói.

O que pode acontecer é um leve incômodo com o uso do espéculo ou uma pequena ardência durante a aplicação dos líquidos. Se for feita uma biópsia, você pode sentir uma cólica leve e, depois, perceber um pequeno sangramento vaginal por 1 ou 2 dias.

Quanto tempo demora para sair o resultado?

O laudo da colposcopia costuma sair em alguns dias. No entanto, se uma biópsia tiver sido feita durante o exame, o prazo pode se estender um pouco mais, geralmente de 7 a 15 dias.

Os resultados da colposcopia podem apontar:

Normalidade: quando não se encontra alterações nas células do colo do útero, vagina ou vulva. Nesse caso, o acompanhamento segue com exames de rotina.

Inflamações ou alterações benignas: como infecções ou lesões causadas por irritações, que geralmente são tratáveis e não representam risco grave.

Lesões de baixo grau (NIC 1): normalmente causadas pelo HPV, muitas vezes desaparecem sozinhas. No entanto, seu ginecologista talvez peça novos exames.

Lesões de alto grau (NIC 2 ou NIC 3): indicam alterações celulares mais significativas, com potencial de evoluir para câncer se não tratadas. Assim, exigem acompanhamento mais rigoroso ou procedimento para remoção da lesão.

Suspeita de câncer: em casos raros, a colposcopia pode indicar sinais de câncer no colo do útero. Nessa situação, seu ginecologista pedirá exames complementares para confirmação e início do tratamento o quanto antes.

O mais importante é lembrar que, quando detectadas precocemente, essas alterações têm tratamento e alto índice de cura. Por isso, não deixe de fazer o exame, nem sinta medo do resultado, seja ele qual for. 

Na dúvida, converse com seu ginecologista

A colposcopia é uma ferramenta importante de cuidado e prevenção, especialmente para identificar alterações que, se tratadas cedo, evitam complicações maiores no futuro.

Então, se seu ginecologista indicou esse exame, não adie. Converse, tire suas dúvidas e vá com tranquilidade.

Se você deseja agendar uma consulta com a equipe da UnihClinic, entre em contato aqui.

E caso tenha ficado alguma dúvida sobre a colposcopia, nos envie uma mensagem ou mande sua pergunta pelo Instagram da UnihClinic.

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