Você provavelmente já ouviu falar no HPV — e talvez até na vacina que ajuda a prevenir esse vírus. Mas afinal, como ela funciona? Quem pode tomar? E se eu já tiver tido contato com o vírus, ainda vale a pena me vacinar?
Neste artigo, vamos responder essas e outras dúvidas, para que você possa cuidar da sua saúde com mais informação e tranquilidade.
O que é o HPV?
HPV é a sigla para papilomavírus humano, um grupo com mais de 150 tipos de vírus diferentes. A maioria das infecções por HPV é assintomática e desaparece sozinha, mas alguns tipos podem causar verrugas genitais e lesões que, com o tempo, podem evoluir para câncer — principalmente no colo do útero, mas também em outras regiões, como ânus, pênis, garganta e vulva.
Como o HPV é transmitido?
A transmissão do HPV acontece principalmente pelo contato sexual — inclusive sem penetração. Ou seja, basta o contato direto com a pele ou mucosa infectada. Isso inclui relações vaginais, anais e orais, e pode acontecer mesmo quando não há sinais visíveis de infecção, como verrugas.
O uso de preservativo ajuda a reduzir o risco, mas não elimina completamente, já que o vírus pode estar em áreas não cobertas pelo preservativo.
Qual a relação entre o HPV e o câncer de colo do útero?
Essa é uma das informações mais importantes sobre o HPV. Certos tipos do vírus, chamados de “alto risco”, podem provocar alterações nas células do colo do útero.
Com o tempo, se essas alterações não forem identificadas e tratadas, podem evoluir para um câncer. Por isso, prevenir a infecção pelo HPV é uma forma direta de prevenir o câncer de colo de útero — que é um dos cânceres ginecológicos mais comuns no Brasil.
Como saber se tenho HPV?
Na maioria das vezes, a infecção pelo HPV não dá sintomas — e é aí que mora o perigo. Muitas pessoas carregam o vírus sem saber.
Nas mulheres, o exame preventivo (Papanicolau) pode detectar alterações no colo do útero causadas pelo HPV. No entanto, em alguns casos, também pode ser feito um teste específico para detectar o DNA do vírus. Já os homens geralmente só descobrem a presença do HPV quando aparecem verrugas genitais — mas mesmo sem sintomas, eles também podem transmitir o vírus.
Como posso me prevenir do HPV?
A prevenção envolve três pilares principais:
- Vacinação: é a forma mais eficaz de proteção, especialmente se feita antes do início da vida sexual.
- Uso de preservativo: ajuda a reduzir o risco de contágio.
- Exames regulares: especialmente o Papanicolau, que detecta alterações causadas pelo HPV no colo do útero.
Como funciona a vacina contra o HPV?
A vacina contra o HPV atua estimulando o organismo a produzir anticorpos contra os tipos mais comuns e perigosos do vírus — principalmente os que causam câncer de colo do útero, vulva, ânus e pênis, além de verrugas genitais. Ela não contém o vírus vivo, ou seja, não causa a doença, e é mais eficaz quando aplicada antes do início da vida sexual.
Existem três versões da vacina:
- Bivalente: protege contra os tipos 16 e 18 do HPV, principais causadores do câncer de colo do útero.
- Quadrivalente: além dos tipos 16 e 18, também protege contra os tipos 6 e 11, que causam verrugas genitais.
- Nonavalente: é a mais abrangente, protegendo contra nove tipos de HPV, incluindo os mais associados ao câncer e às verrugas.
Todas as versões são aplicadas via intramuscular, geralmente no braço (como outras vacinas comuns). O número de doses varia de acordo com a idade e o estado de saúde da pessoa:
- 2 doses: para meninas e meninos de 9 a 14 anos, com intervalo de 6 meses entre elas.
- 3 doses: para quem tem 15 anos ou mais, ou é imunossuprimido, com esquema em 0, 2 e 6 meses.
Seu ginecologista pode orientar qual versão é mais indicada no seu caso e em que esquema aplicar.
Quem deve tomar a vacina contra o HPV?
A vacina está disponível gratuitamente pelo SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de pessoas imunossuprimidas (como pacientes com HIV ou transplantados) de até 45 anos.
Fora desse grupo, é possível tomar a vacina em clínicas particulares, com recomendação médica. A vacinação é mais eficaz antes do início da vida sexual, mas também oferece benefícios para quem já é sexualmente ativo.
Quem já tem HPV pode tomar a vacina?
Sim! Mesmo quem já teve contato com o vírus pode se beneficiar da vacina.
Ela não trata uma infecção já existente, mas pode proteger contra outros tipos do vírus aos quais a pessoa ainda não foi exposta. Por isso, a vacinação continua sendo indicada em muitos casos — inclusive para mulheres diagnosticadas com lesões causadas pelo HPV.
Lembre-se: vacinar-se é um ato de autocuidado
A vacina contra o HPV é uma aliada poderosa na prevenção do câncer de colo do útero e de outras doenças relacionadas ao vírus. É segura, eficaz e pode salvar vidas. Assim, se você tem filhos ou ainda não se vacinou, converse com seu ginecologista e tire todas as suas dúvidas. Afinal, a prevenção começa com informação — e uma escolha consciente pode fazer toda a diferença no seu futuro.
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