A incontinência urinária – a perda do controle da bexiga – é um problema comum, mas que pode causar certo embaraço. A gravidade varia de vazamento ocasional de urina ao tossir ou espirrar, por exemplo, até uma vontade de urinar tão repentina e forte que você não chega ao banheiro a tempo.
O que é incontinência urinária?
A incontinência urinária (IU) é a perda acidental de urina. Embora a IU possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum entre mulheres com mais de 50 anos. No entanto, vale destacar que mesmo sendo mais comum em mulheres mais velhas, ela não é algo que deve ser considerada uma parte natural do envelhecimento.
Há tipos diferentes de incontinência urinária e a condição pode ser temporária ou permanente, precisando então de um tratamento específico. Sendo assim seus sintomas podem variar do desconforto de pequenas perdas de urina até um molhamento frequente e intenso.
O que causa a incontinência urinária?
Como colocado acima, a incontinência urinária não é um resultado inevitável do envelhecimento. No entanto, é particularmente comum em pessoas mais velhas. Muitas vezes, é causada por alterações específicas na função do corpo, resultantes de doenças ou uso de medicamentos, por exemplo. Às vezes, é o primeiro e único sintoma de uma infecção do trato urinário. Além disso, as mulheres são mais propensas a desenvolver o problema durante a gravidez e após o parto, ou seguindo as alterações hormonais da menopausa.
Quais são os 5 tipos de incontinência urinária?
Você pode experimentar pequenos vazamentos ocasionais de urina ou perder pequenas a moderadas quantidades de urina com frequência.
Os tipos de incontinência urinária incluem:
1 – Incontinência de esforço
A urina vaza quando você exerce pressão sobre a bexiga ao tossir, espirrar, rir, fazer exercícios ou levantar algo pesado.
2 – Incontinência de urgência
Você tem uma vontade repentina e intensa de urinar seguida por uma perda involuntária de urina. Ainda, você pode precisar urinar com frequência, inclusive durante a noite. A incontinência de urgência pode ser causada por uma condição menor, como uma infecção, ou uma condição mais grave, como um distúrbio neurológico ou diabetes.
3 – Incontinência por transbordamento
Você experimenta gotejamento frequente ou constante de urina devido a uma bexiga que não esvazia completamente.
4 – Incontinência funcional
Uma deficiência física ou mental impede você de chegar ao banheiro a tempo. Por exemplo, se você tem artrite grave, pode não conseguir desabotoar as calças com rapidez suficiente.
5 – Incontinência mista
Você experimenta mais de um tipo de incontinência urinária – na maioria das vezes, isso se refere a uma combinação de incontinência de esforço e incontinência de urgência.
Quais os fatores de risco para a incontinência urinária?
Fatores que aumentam o risco de desenvolver o problema incluem:
GÊNERO: As mulheres são mais propensas a terem incontinência de esforço. Gravidez, parto, menopausa e anatomia feminina normal são responsáveis por essa diferença.
IDADE: Conforme você envelhece, os músculos da bexiga e da uretra perdem parte de sua força. Ou seja, as mudanças com a idade reduzem o quanto sua bexiga pode conter e aumentam as chances de liberação involuntária de urina.
ESTAR ACIMA DO PESO: O peso extra aumenta a pressão na bexiga e nos músculos ao redor, o que os enfraquece e permite que a urina vaze quando você tosse ou espirra.
FUMAR: Estudos mostram que o uso de tabaco pode aumentar o risco de incontinência urinária.
HISTÓRICO FAMILIAR: Se um familiar próximo tiver incontinência, especialmente incontinência de urgência, o risco de desenvolver a doença é maior.
ALGUMAS DOENÇAS: Doenças neurológicas ou diabetes podem aumentar o risco de incontinência.
Como é feito o diagnóstico da incontinência urinária?
Depois de obter um histórico médico e realizar um exame físico e pélvico, seu ginecologista solicita exames específicos, que podem ajudar a diagnosticar a incontinência.
Diário da bexiga
O seu médico pode pedir-lhe para manter um diário da bexiga, normalmente durante três dias. Este é um registro da quantidade de líquido que você bebe, junto com dados sobre suas idas ao banheiro. Por exemplo, frequência, quantidade, quando sente vazamentos e o que estava fazendo antes de sentir vontade de urinar.
Teste de Esforço da Bexiga
Se o seu ginecologista suspeitar que você tem incontinência de estresse, ele pode realizar um simples teste de esforço da bexiga. Quando você está com a bexiga confortavelmente cheia, seu médico pede para você tossir e verifica se há perda involuntária de líquido. Depois, pode ser que ele repita o teste, dessa vez com você em pé.
Ultrassom
Um ultrassom, no qual as ondas sonoras criam imagens que são visualizadas em um monitor de computador, pode ser usado para avaliar o esvaziamento da bexiga após a micção.
Urinálise
Neste exame, uma amostra de urina é analisada em busca de sinais de infecção da bexiga ou do trato urinário, que podem causar incontinência urinária.
Urodinâmica
Trata-se de um grupo de testes usados para avaliar a função da bexiga e da uretra. Isso pode incluir testes que medem o volume e a taxa de fluxo da urina e verificam vazamentos de urina durante a tosse.
Como se prevenir?
A incontinência urinária nem sempre é evitável. No entanto, alguns cuidados podem ajudar a diminuir o risco:
- Manter um peso saudável
- Praticar exercícios do assoalho pélvico
- Evitar itens que podem irritar a bexiga, como cafeína, álcool e alimentos ácidos
- Comer mais fibras, o que pode prevenir a constipação, uma causa de incontinência urinária
- Não fumar
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